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Desidratação causada pelo clima de Cuiabá pode afetar os rins


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Cuiabá, conhecida por suas altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar, apresenta um ambiente desafiador quando se trata da saúde renal. O calor intenso da região associado à baixa umidade do ar pode resultar em um aumento significativo nas perdas de líquidos corporais através da transpiração.

Esse processo acelerado de perda de água pode levar à desidratação, especialmente nas crianças, que são mais vulneráveis a esse tipo de condição. A escassez de água no organismo compromete diretamente a capacidade dos rins de filtrar e excretar resíduos metabólicos, levando a uma redução na produção de urina.

A desidratação induzida pelo clima de Cuiabá afeta diretamente a função renal, uma vez que os rins dependem de uma adequada hidratação para realizar suas funções de forma eficaz.

Com a baixa disponibilidade de água, o volume sanguíneo diminui, o que pode resultar em uma redução do fluxo sanguíneo para os rins. Isso compromete a capacidade dos rins de filtrar e eliminar resíduos do corpo, levando a uma diminuição na produção de urina e, por consequência, ao acúmulo de substâncias indesejadas no organismo. Essa condição pode predispor a problemas renais, como a formação de cálculos, e agravar outras condições de saúde.

Portanto, é de extrema importância que os habitantes de Cuiabá e regiões com características climáticas semelhantes estejam atentos à sua hidratação. É essencial manter uma ingestão regular e adequada de líquidos, especialmente nos dias mais quentes e secos, para preservar a saúde renal e prevenir a desidratação. Além disso, medidas como evitar a exposição prolongada ao sol e usar roupas leves podem auxiliar na minimização dos efeitos do clima sobre o equilíbrio hídrico do organismo.

A quantidade de líquido que uma pessoa deve consumir varia de acordo com a idade, sexo, nível de atividade física e condições de saúde. Abaixo, apresento uma orientação geral sobre a ingestão diária de líquidos por faixa etária, mas é importante lembrar que esses valores são aproximados e podem variar de pessoa para pessoa:

1. Bebês (até 6 meses):
– A alimentação principal é o leite materno. Em geral, bebês amamentados ao seio não necessitam de água extra nos primeiros 6 meses, exceto em situações específicas orientadas por um profissional de saúde.

2. Crianças (7 meses a 3 anos):
– Cerca de 700-1000 ml de líquidos por dia, incluindo leite materno ou fórmula, água e outros líquidos.

3. Crianças (4 a 8 anos):
– Aproximadamente 1000-1400 ml de líquidos por dia, incluindo água, leite e sucos naturais com moderação.

4. Crianças (9 a 13 anos):
– Entre 1400-2000 ml de líquidos por dia, principalmente água, com leite e outras bebidas como sucos em moderação.

5. Adolescentes (14 a 18 anos):
– Aproximadamente 2000-3000 ml de líquidos por dia, com base nas necessidades individuais, levando em conta o crescimento e atividades físicas.

Podemos usar a regrinha para calcular a quantidade estimada de líquido a ser ingerido como : 40ml/kg seco em crianças e adolescentes ou 35ml/kg seco em adultos e idosos.

Emmanuela Bortoletto Santos dos Reis é médica Nefropediatra no Hospital Santa Rosa e professora na UNIVAG- CRM/ MT 6596 e RQE 300; 327.

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